Nos últimos dias de carnaval no
polo Casa Amarela, o público contagiou-se com as apresentações belíssimas de cantores
locais, mais uma vez. Via-se crianças, jovens e adultos na maior diversão. Na
terça, Getúlio Cavalcante trouxe a calmaria alegre do frevo de bloco; a banda
Som da Terra executou músicas de autoria própria que marcaram época.
Principalmente aquela que deu a banda um disco de ouro no anos 80 no Programa
do Chacrinha. A Balança o saco! Jorge Riba, exímio artista negro, cantou samba
de roda, enredo e de partido alto. Fez os pés do frevo sofrerem uma variação brusca
ao som do pandeiro que geme e do repique que grita. Quando o negão desceu do
palco, a morena subiu. Quem? ela! A nossa Marrom Alcione, cantora maranhense. Mas tem que me
prender/ tem que seduzir/ só pra mim deixar louca por você... Esses versos
levaram o público ao delírio!
Mas a diversão não terminou por
aí, não. Na quarta-feira cinzenta a banda Nação Zumbi fechou o ciclo
carnavalesco do polo com uma apresentação surreal. O trovão percussivo da
alfaia e o grito eletrizante da guitarra levantaram até as pedras de
paralelepípedo de Casa Amarela. No repertório músicas como Da lama ao caos,
Manguetown e Rios, pontes e overdrives lembraram Chico Science.
Alguns Bi Boys presentes no show
da Nação, não se contiveram e subiram ao palco. A banda parou de tocar e pediu
desculpa aos boys, pois o palco não dava suporte para tal. A rapaziada entendeu
e o show continuou.
Testemunhamos que Pernambuco
está acordando para dá valor a cada dia ao que é seu.
Expediente.
Texto -André. Santana
Fotografia e Arte - Jesuel Santana
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