Visitando os anais da Historia Brasileira, qualquer um
poderá perceber o quanto foi difícil o processo de formação do bloco Osso Duro
de Roer. Demorou, mas saiu!
Foram momento de extrema comoção política. Uma espécie de 2ª
Guerra Mundial dos nazi-fascistas contra os filhos de Ghandhi. Instantes que
atingiram profundamente as carnes e a veia aorta daqueles que sempre quiseram
reza lá no Morro da Conceição, “tais” entendendo? Um tal de MMA (artes marciais
mistas) que emprestou, por um lado, a sua força ao frevo. É mole? É duro? Ou
intermediário? Dê seu voto! As urnas estão nos maiores frigoríficos do bairro.
Vote e exerça a sua cidadania. Já!
Falando sério, agora! Sem querer lembrar o Roberto Carlos.
Naquela época, década de 90, um padre, querido de todos, abandonou a Igreja e
casou. Não foi exatamente um abandono... Enfim! E o padre substituto parecia
uma navalha. Veio cortando tudo. Daí a famosa oração foi proferida: esse osso, “tá”
duro de roer! Ironia do destino ou não, o nome do danado era Constante. Não sei
se mudou. Só sei que a população reagiu, Constante sumiu e o bloco surgiu, meu
velho. Eu era menino, minha mãe! A senhora não lembra disso, não. Lembra não!
Isso é osso duro. Naquela época existia TV preta e branca ainda, o rádio era de
pilha e celular era coisa de dooooiido!
Depois de tanto choro e ranger de dentes... Depois de tanta clemência... Depois de tanto pesquisar um remédio nas farmácias locais para curar o trauma, finalmente chegaram a uma conclusão. O remédio era frevo! Pronto! Frevo! Tão na nossa cara! Tão a nossa cara! A “pílula do dia seguinte”. Fizeram o público esperar muito, Jairo. Isso é coisa que se faça? Vou processar, viu!
Daquela época para cá, o frevo do osso tomou conta das ruas
e nunca mais parou. Foi aquele “Deus nos acuda” de quero mais. Enquanto uns
frevam outros olham a freveoca e a
multidão passar. Os cachorros latem, mas compreendem a situação. E isso sempre
acontece na segunda-feira de carnaval.
Siga os conselhos: se a dentadura ou a chupeta caiu, não tem
problema! Freve no osso! Se o sapato “tá” cansado de guerra ou a camisa é única
e desbotada, não tem problema! Freve no osso! E digo mais: se você quer se
libertar desse seu jeito desengonçado, não tem problema! Freve no osso! Isso é
melhor do que picolé da Kibon!
O espelho na visão de Rosimere, uma das responsáveis pelo
bloco, transmite a verdade. Reflete o momento do ser humano tanto alegre quanto triste. E que, aproveitando o ensejo, esse mesmo ser der o melhor de si na avenida
nesse carnaval e no seu dia-a-dia. Que todos brinquem e vivam na paz, falou
ela.
0 comentários:
Postar um comentário