
Se no meio do caminho do nosso poeta Carlos Drummond de
Andrade havia uma pedra, no nosso daqui do Córrego do Euclides havia uma porta.
Foi tudo por acaso. No Brasil, tudo é motivo de carnaval. E, por falar em
motivo, dê-me um ou uns para eu lançar o meu bloco. E, por falar em tudo, o
cantor Tim Maia dizia: Tudo é tudo! E nada é nada! Isso é filosofia pura.
Enfim, a porta!
Nesse país tudo é motivo de carnaval, realmente. Veja só: De
repente, não mais que de repente, alguém teve a brilhante ideia de reciclar uma
porta de madeira. Tornando-a símbolo de um bloco carnavalesco. Parabéns pela
reciclagem a quem teve esse brilhante pensamento! Nosso planeta necessita mais
do que urgentemente de atitudes assim. Parabéns, mesmo!


De repente, não mais que de repente, Vinícius, essa obra
foliã foi invenção de algumas cabeças pensantes, talvez. E não só de um único
ser como pensou-se no passado. Como diz Arnaldo Antunes: O pulso ainda pulsa!
Uma porta aberta
convida-nos a entrar. Uma porta fechada é uma interrogação. Ambas, abertura e
fechadura pode nos impingir tanto tristeza quanto alegria. Como encontrar nexo
no nada?
Falar sério, às vezes, é vomitar bílis tão
importante a nossa sobrevivência. Que desperdício.
A árvore chega à velhice, mas não deixa de refrigerar o ar.
Sendo assim, usufluemos dos escorregos, da amarelinha, da roda- gigante... Ah,
e do Bloco A Porta, também, é claro.
Dado exposto, se o povo aplaudiu, é porque vale a pena ver
de novo.
Expediente.
Fotografias - Jesuel Santana
Texto - André Santana
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